Aos Mestres, com carinho!

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Drummond, Vinícius, Bandeira, Quintana e Mendes Campos

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Para refletir (14)

Suzana Lisbôa: "Eu fui muito atacada e acusada de querer confrontar a ditadura, o que poderia prejudicar a transição para a democracia". (Foto: Guilherme Santos/Sul21)
Suzana Lisbôa

“Eu fui muito atacada e acusada de querer confrontar a ditadura, o que poderia prejudicar a transição para a democracia”. 

“Em 1972, o Ico foi morto e eu fiquei clandestina até 1978. Desde aquela época eu comecei a participar dos movimentos de anistia”.

“Pelo projeto de anistia do Figueiredo, os desaparecidos teriam um atestado de morte presumida, de paradeiro ignorado, o que a gente já teria no Código Civil. A ideia deles era burocratizar esse tema”.

“Fizemos cartas ao presidente Lula que nunca foram respondidas. Ele nunca recebeu os familiares de mortos e desaparecidos em uma audiência”.

Eu sempre me perguntei porque acabamos ficando sozinhos nesta história. Por que entidades como as Madres acabaram tendo uma repercussão tão grande dentro do Brasil e nós não?” 

“O Brasil é o único país onde é um crime a gente buscar os responsáveis pelos crimes que foram cometidos na ditadura. É como se fôssemos leprosos ou criminosos”. 

“Quando a Brigada Militar age da forma que agiu com aquelas meninas, usando inclusive agentes infiltrados, e temos deputados na Assembleia agradecendo e engrandecendo a violência da Brigada, devemos ficar alertas”. 

(Suzana Lisbôa, militante política brasileira)

Em entrevista ao Sul 21