Aos Mestres, com carinho!

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Drummond, Vinícius, Bandeira, Quintana e Mendes Campos

quinta-feira, 9 de maio de 2013

O LADO "B"



Itárcio Ferreira 

Por Fernanda Menezes, para o jornal eletrônico AconTCE

Conviver bem em dois mundos distintos. 

Esta é a realidade do auditor/poeta/contista Itárcio Ferreira, que se divide entre a aridez dos números e o seu Lado B, das letras. 

Entre o real e o imaginário, o concreto e o abstrato (ou não) da literatura. 

Poesia e prosa são seu Lado B. 

Acrescente-se, aí, seu interesse pelo canto, resultando num CD de música popular, lançado em 2002, com apresentações em bares do Recife, juntamente com Roque Braz, também do TCE.

Itárcio publicou dois livros de poesias – Se não Canto Pelo Menos Grito e Apocalipse e Outros Poemas – e um de contos – A Construção e Outros Contos.


Ele escreve desde os 17 anos (hoje tem 50) e sempre gostou de artes em geral.

Por isso estudou música e canto. 

Itárcio mostra que seu Lado B o complementa. 

Sua vida vai além do mundo do funcionalismo público, citando a frase de um poeta: “Pra que serve a poesia? A gente não sabe. Não se pode vender, nem comprar". 

A gente escreve sem saber por que”.

Para ele, escrever é uma audição. 


“É uma necessidade. 

Não se identifica, mas a vontade existe”, afirma. 

E sempre escreveu, estimulado pelo polo artístico que é Pernambuco: “O Estado sempre esteve em ebulição cultural. 

Na literatura e nas artes em geral, Pernambuco é um polo de destaque. 

Sempre foi. 

Mas a poesia é a que menos se destaca, por falta de espaço na mídia. 

Se ruim é editar, mais difícil é distribuir os livros”, reclama.

Por conta deste panorama, que não é dos melhores, Itárcio Ferreira dá um freio na publicação de livros. 


Mesmo assim, não para de escrever e tem inúmeros poemas guardados. 

“Não estou ansioso pela publicação. Por isso, não tenho ideia de lançar novo livro. É um projeto ainda sem data.”
 

Aqui, um poema de Itárcio Ferreira, do livro Narcisitude e Outros Poemas, ainda não publicado.


ABRO-ME AO MUNDO
Abro-me ao mundo!
Venham sobre mim
todas as dores e desejos:
besta quem pensar que posso suportá-los,
não tenho os ombros de Drummond.

 

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