Aos Mestres, com carinho!

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Drummond, Vinícius, Bandeira, Quintana e Mendes Campos

terça-feira, 21 de março de 2017

SARAU DA BOA VISTA – 4º ANO DO SARAU DA RESISTÊNCIA


A Inquisição queimava livros.

Os nazistas queimavam livros.

Nos Estados Unidos, Trump pretende cancelar investimentos nas artes, além de cortes em recursos para rádios e televisão.

"O que é arte? Subsidiamos a produção de soja, mas, pelo menos, se pode dizer o que é um grão de soja". Disse uma colunista do Washington Post.

O desgoverno golpista do Brasil acabou com Ministério da Cultura, transformando-o em uma Secretaria, uma prova do descaso com a cultura.

Em Pernambuco e em Recife a história se repete.

O descaso da Prefeitura com o Teatro do Parque é uma grande prova do que representa a cultura para o prefeito Geraldo Júlio e o governador Paulo Câmara, seu aliado.

(Em tempo: não votei em nenhum dois nas últimas eleições.)

Enquanto permitem a construção de prédios privados cada vez mais em espaços públicos, vide o Cais Estelita, não têm interesse na reforma de um templo da cultura.

Uma troça de carnaval que critica a ambos teve suas fantasias apreendidas pela Polícia Militar no sábado do Galo da Madrugada.

Apesar de tudo O Sarau da Boa Vista sobrevive, e apaixona, e agora em março completa quatro anos de existência e resistência.

O responsável por essa proeza hercúlea é o poeta Aldo Lins, paraibano, mas radicado em Recife há quase 25 anos.

Aldo Lins, autor de “Alma de Vidro” e de “O Grito”, este último, em breve, no prelo, luta diariamente para que o Sarau aconteça a cada último sábado de cada mês.

A cada dia, a cada semana que antecedem as edições do Sarau, Aldo, como quem mata um leão a unha, busca patrocínio para que o evento aconteça.

Diante de tanta resistência, o Sarau da Boa Vista e seu idealizador e produtor, Aldo Lins, estão de parabéns por esta grande vitória.

Sábado, dia 25/03/2017, no Bar Maremoto, na Rua do Hospício, em frente ao Teatro do Parque, comemoraremos o seu quarto aniversário, quando serão homenageados a poeta Pollyanne Carlos e o músico Cinval Cadena.

Esperamos todos por lá, no Sarau da resistência.



Itárcio Ferreira